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DE HOLDEN CAUFIELD A PAULO HENRIQUE GANSO OU O LADO SELVAGEM DAS CHUTEIRAS IMORTAIS.

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Em meio a um sabado espetacular passado com os amigos e um domingo em que troquei versos em miúdos com tão nobre dama (Quem é do sereno ou quem lê John Keats que vai entender...) eis que venho para falar da ludopédia nossa de toda segunda aqui em Canela de Ferro. Confesso que não sei se com grande entusiasmo de sempre afinal tal sentimento contrário a este é muito compreensível nesse começo de ano, de temporada, diante do que se apresenta a nós que gostamos dessa coisa mágica que é o futebol. Ta tudo indicando para o mais do mesmo. São milhares de jogos em Campeonatos Regionais que de nada valem, regulamentos esdruxulos em fórmulas de disputa rocambolesca, times em formação e a coisa sempre caminhando para um marasmo de fazer inveja a Holden Caufield no tão espetacular livro O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO do não menos espetacular J.D Salinger. De todos os jogos que de pouca coisa servem, um clássico me chamou atenção. Santos x São Paulo em Vila Belmiro tem at...

JULIANA FINARDI EM BARCELONA E UMA QUESTÃO DE CLASSE NO FUTEBOL NACIONAL

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Ae teve la o dia que cheguei pra trampar e dei de cara com Juliana Finardi. A moça de alouradas madeixas, traços finos, transborda classe e elgancia por entre a maquina de café do ABCD Maior, e a editoria de politica. Tem um porte de diva e fala de politica regional tal e qual Anouik Aimée falava de vinhos com Jean-Louis Trintignant caminhando pelos Champs Elisées em filme de Claude Leulouch. Com ela, até os implantes capilares dos candidatos cafonas e fanfarrões do Abcd passam a ter alguma decencia. Juliana toma chá na salinha do abcd maior com a mesma categora que Audrey Hepburn bebericava seu café na Tiffanys. Escreve sobre politica, da mesma forma que Dinah Washington cantava Drinking Again. Ou seja... Juliana minha amiga é naturalmente uma mulher de classe. Não precica fazer mais nada para acentuar isso. E mais; Mademoselie Finardi bem poderia fazer uma oficina de elegancia a Mano Menezes. Pois senão vejamos.... O técnico que outrora arrotava ares e bafos ...

A LIRA DOS PRIMEIROS AMORES E A VALSA DO MENINO VERDE. UM SONHO PALMEIRENSE QUE SE VIVE EM VERDE, BRANCO E VERMELHO SANGUE...

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Houve uma vez a década de 70... Um tempo duro em que as pessoas não podiam se expressar não se tinha direitos individuais e aqueles que “ousavam” lutar contra isso, eram duramente reprimidos, com torturas, espancamentos, assassinatos e afins. Nesse cenário, fui menino. Muito bem criado, amado e feliz no meu bairro no meio da minha gente. Pouco reclamava, embora motivos para isso talvez não me faltasse. Diferente da maioria dos amigos eu não tinha o pai por perto. O velho havia decidido lutar uma luta que eu não entendia muito bem qual era, mas, ouvi dizer que eram contra uns caras ae que batiam nos outros, que os torturavam que meu pai tentava da forma que podia tentar mudar tudo isso. Difícil, ele era um líder sindical em uma época que isso não era necessariamente glamouroso. A consequência foi sua saída de casa. Mas o Pai era corajoso e logo deu um jeito de ver o menino... Numa ação muito bem elaborada, uma vez por mês, um carro vinha até o Parque Novo Oratório e...

UMA NOITE EM 1977 E A AMÉRICA DO SUL PRETA E BRANCA; PARABÉNS LIBERTADORES DA AMÉRICA, FINALMENTE VOCÊ FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO CORINTHIANS!

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Quinta feira 13 de outubro de 1977... Das minhas lembranças de menino palmeirense, aquele dia me vem à mente como uma grande festa. Na cabeça de criança de 7 anos, quase uma pontinha de inveja. Era o dia em que toda São Paulo esperava ávida, por uma vontade louca de fazer festa. Eu já morava na Rua Tanger. Meus tios corinthianos todos, ficaram do velho endereço da Avenida Das Nações nº 50. Naquela época, uma rua ainda sem asfalto, com as margens do córrego que divide as pistas, todas abertas, um tempo de pobreza no Parque Novo Oratório. Como naquele dia as aulas do Felipe Ricci De Camargo onde eu estudava foram suspensas, eu fui até a casa de meus tios. “ Que time é esse que faz com que as aulas sejam suspensas?!” Chegando por lá encontrei Tia Lú e meu primo Serginho com a veha bola de capotão debaixo do braço. Ele vestia uma camisa listrada preta e branca numero 8. Premonição! E de cara veio me falando: “ Hoje eu vo ser campeão! Ce vai ver!!” N...

DAS COISAS ENTRE O PALMEIRAS, MIKE NICHOLS E AS CONSEQUENCIAS DE VOCÊ. UM CASO DE AMOR REGADO A CAFÉ, CHUTEIRAS E FILMES...

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Eu gosto do cinema do Mike Nichols por tudo que há de mais sensível em sua abordagem acerca dos relacionamentos humanos. Sabado ultimo, revi dele ANSIA DE AMAR de 1971. Uma beleza de filme que conta o causo de quatro jovens estudantes dos anos 40, dois casais, cheios de sonhos, esperanças, desejos e aspirações pela vida amorosa e suas possibilidades. Ae estando em em tão boa companhia de tão nobre moçoila, fiz la uma ligação do filme com assuntos ludopédicos que vem me acometendo ultimamente: “ Ah Seu Marcelo... Não acredito que depois de duas horas de filme você conseguiu pensar nesse raio desse futebol!! Ta vendo?! Na verdade você reclama dele só pra fazer charminho! Não vive sem essa doença!!” Dei risada. Levantei do sofá, fui até a cozinha e começei a fazer um café pensando nessa coisa toda. Uma vez meu amigo Xico Sá me disse: “ “ Cara, a relação nossa com nossos times de futebol quando estes não vão muito bem é igualzinho aquele casamento em c...

O CORINTHIANS SEGUNDO YUKIO MISHIMA E A SAGA DE UM TIME À BEIRA DO SEPPUKU E DA SAGRAÇÃO

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Eu poderia ficar 5 dias aqui falando porque tanto amo e porque eu leio de joelho as coisas de Yukio Mishima. O homem que escreveu o espetacular CONFISSÕES DE UMA MÁSCARA foi tudo na vida! Escritor genial, intelectual, louco, reacionário, libertário, radical e divino! Interrompeu sua grande presença entre os mortais, se matando em praça publica cometendo o seppuku ou seja; Enfiando uma espadona no seu próprio bucho! Tudo isso porque ele achou que falhou na argumentação de convecimento dos jovens membros de seu grupo radical o Tatenokai para lutarem em prol do Imperador e da restituição de seus poderes, quer dizer... Uma figura lendária como Mishima da aos seus analistas as condições de dizerem a seu respeito quase tudo que se quiser. No entanto o que jamais poderá ser dito é que Mishima não foi genial, intenso e honesto. Foi um homem fiel aos seus principios e suas crenças. Para assuntos ludopédicos, temos aqui nos trópicos uma versão mais light mas, nem po...