JULIANA FINARDI EM BARCELONA E UMA QUESTÃO DE CLASSE NO FUTEBOL NACIONAL
Ae
teve la o dia que cheguei pra trampar e dei de cara com Juliana
Finardi.
A
moça de alouradas madeixas, traços finos, transborda classe e
elgancia por entre a maquina de café do ABCD Maior, e a editoria de
politica. Tem um porte de diva e fala de politica regional tal e qual
Anouik Aimée falava de vinhos com Jean-Louis
Trintignant caminhando pelos Champs Elisées em filme de Claude
Leulouch. Com ela, até os implantes capilares dos candidatos cafonas
e fanfarrões do Abcd passam a ter alguma decencia. Juliana toma chá
na salinha do abcd maior com a mesma categora que Audrey Hepburn
bebericava seu café na Tiffanys. Escreve sobre politica, da mesma
forma que Dinah Washington cantava Drinking Again. Ou seja...
Juliana
minha amiga é naturalmente uma mulher de classe. Não precica fazer
mais nada para acentuar isso. E mais; Mademoselie Finardi bem poderia
fazer uma oficina de elegancia a Mano Menezes. Pois senão
vejamos....
O
técnico que outrora arrotava ares e bafos de arrogancia, tal e qual
um saqueador bufão dos tempos da cruzada, perdeu o seu mecenas
quando o Texeira se viu forçado a fugir pra Miami. Até então, seus
arroubos de perdição, sua ineficiencia como entendedor do esporte
futebol, era bem encoberto pelo absolutismo do Ex Coronelzinho. Então
ninguem falou muito do baile de bola que seu time levou da França em
Saint Denis. Nem se gastou muita lauda para comentar o vareio que
levamos da Alemanha em Stuttgardt. E quando caminhariamos para abir
uma discussão acerca dessas coisas, os amistosos frente a Espanha e
Italia foram trocados por Egito e Gabão! E mais...
Restava
mais a bengala da “Unica
Consquista Inédita do nosso Futebol”
que seria a medalha olimpica. Para isso, ele contou com a ajuda do
ótimo Ney Franco que montou um competente time sub 20 pra conquistar
a vaga. Justo seria que Ney fosse o treinador mas ae, a arrogancia
cafona do Fantochão fez com que ele fosse, quase a forceps ser o
técnico em londres. E assim foi...
Sem
2% do charme que há no All Star Branco de Juliana Finardi, la foi o
homem, empertigado, de fala empolada regada a midia trainning e
outras frescuradas da auto-ajuda e do tal “new
Marketing”
para treinar a seleção de futebol nos jogos olimpicos. Tal e qual
uns ogros, nossos homens ludopédicos se hospedaram em suntuosas
instalações, bem longe da coisa orgânica da Vila Olimpica. Afinal
de contas, nosso time de super star's não poderia ficar assim
expostos a essa coisa ae de... Gente.
Nãoooo!!
Somos o melhor futebol do mundo! Precisamos nos isolar! Treinar!
Foco!!!
Ora
essa...
Se
Mano Menezes ouvisse Juliana Finardi, seria um homem mais elegante.
Daria uma volta por Trafalgar Square, daria um rolé por Picadilly
Circus, compraria uns bons vinis em Carnaby Street, pegaria uns bons
shows pelo Soho, se enriqueceria de leveza e iria saber que a vida é
muito mais ultil, quando voce permite que ela seja plena de algum
encanto e alegria, de alguma verdade. Ae reside a classe. Aí esta a
elegancia.
Se
Mano Menezes viesse à Redação do ABCD Maior em um dia frio para a
ver a Encharpe Lilás de “La
Finardi”
iria
descobrir um novo jeito de ver a vida. Entenderia outras coisas...
Saberia
o mortal que, não se pode dormir em cima de qualquer cafonagem como
as vitórias conquistadas contra absolutamente ninguem que foram os
adversários do Brasil. Iria sacar que ante a moça de classe, a
vitória suada frente Honduras contando com ajuda da arbitragem não
significa nada. Entenderia que não se pode armar um time com
volantes duros como Sandro e Romulo. Juliana mostraria ao bufão, que
um passo de dança de Maurice Bejart é mais forte e mais intenso que
o peso de uma pisada de patada de elefante. Apresentaria a ele, a
literatura de Kawabata e então, o homem iria olhar para aquele meio
de campo mequétrefe com um pouco mais de cuidado.
Dessa
forma, jamais perderia o pobre, para um time meia boca como o México.
Uma equipe que joga com 8 homens atras da linha da bola, tentando
rouba-la para executar o mais óbvios dos contra ataques. De modo
algum tomaria 2 gols de um Peralta. Jogador comum, que só consegue
jogar bem contra o Brasil do Menezes. Se ouvisse Juliana, Mano
aprenderia até a receber direito uma honrosa medalha de prata por
mais que ele não a mereça, visto que, ele não entende a grandeza
que há na conquista de uma medalha olimpica.
Se
Mano Menezes visse Juliana em Barcelona, ele seria um homem menos
triste. Ou talvez não. Há como ter charme até nas derrotas como já
ensinou Paulo Leminski quando disse o poeta que “O
Homem Com Uma Dor É Muito Mais Elegante”.
Mas para isso, Mano Menezes precisa ouvir Juliana Finardi.
É
muito melhor que ouvir o Marin...
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