COM CERVANTES NA MEIA DIREITA


Meus bons amigos, vida de torcedor de Futebol é complicada. Porque vos digo que no meu caso, Palmeirense alucinado e apaixonado, torcer para Helder Granja, Gustavo, Makelelê e afins não é fácil. Coisa de um obstinado clássico. Daqueles que se perpetuam na história, se for pelas artes, pode ser por cinema, artes plásticas, literatura, musica... Por exemplo; Se Cervantes fosse vivo hoje e fosse escrever seu clássico absoluto em épocas digitais com certeza, Dom Quixote seria um Palmeirense! Os moinhos de vento não são nada perto da loucura de querer bem a um Valdivia cai-cai, a um Denilson que vez por outra decide jogar bem (Ontém jogou...) a um David, zagueiro "bonzinho" que não faz mal a ninguém...


O Campeonato Brasileiro, ou uma vaga para libertadores da américa poderia bem ser a nossa Dulcinéia. Daí, nossa saga épica em busca do caneco. Começou semana passada. Ou deveria dizer ontém?


Após a pataquada de Coritiba, quando o time não jogou nada o meu Palmeiras decidiu que contra o Inter Do Abel Braga (Aquele, que após tomar um baile do Sport em Recife, afirmou "Perder pra ele mesmo". Concluo que o mesmo seja então, burro duas vezes...) faria um grande jogo. E no primeiro tempo, fez.


Empurramos o Inter para trás do meio de campo, o Denilson deu um nó no seu marcador, o zagueiro improvisado na lateral, Marcão, a defesa tava arrumadinha e tudo deu muito certo. Até o momento que decidimos fazer o Abel Braga "empatar com ele mesmo" e aí mais sofrimento a esse pobre Palmeirense que vos escreve.


Houve uma vez em 2003 um zagueiro...


Indio era o nome do infeliz. Durante a semifinal do campeonato paulista daquele ano, o meu Palmeiras levava uma surra daquele time do povo do tatuapé, o tal corin... Não escrevo esse nome! É aquela gente lá...


O primeiro tempo virou 4x0 e até do Gil levamos gol. Eis que no vestiário o zagueiro não volta, após uma crise nervosa, uns tremiliques, siricuticos e outras performances afirmando que havera visto o diabo e não poderia voltar pro jogo. Oras...


Se fosse um zagueiro bom, correria pra cima do diabo e daria tres tapas na cara dele! Cobriria o caramunhão na bolacha! Botaria o coisa ruim pra correr dalí! Bem... Esse foi para a igreja mesmo e meu time saiu daquele campeonato.


Eis que agora em 2008 o zagueiro de "Deus", volta pelo Inter contra o meu time e faz o gol dos caras!! Pois é... Em parcos tempos onde a poesia mofa, eu não deveria esperar mais nada, nem do Futebol que nunca me deixou na mão. Mas somos torcedores, apaixonados, quixotescos, lembra? Pois é...


E com certeza se Cervantes observasse esse nosso futebol, Sancho Pança seria um gerente de marketing preocupado com o aumento do preço dos ingressos...





Comentários

Anônimo disse…
Oi meu lindo!!!
Apesar de não poder falar muito de futebol ultimamente (melhor nem falar sobre meu time...rsrs), vim pra te deixar os parabéns e agradecer por termos a oportunidade de mais um lugar pra poder ler seus ótimos textos.
Vc continua excelente, como sempre!!!
Super beijo...

Clau

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