ALMIR...
Almir nasceu em Outubro de 1937, em Recife Pernambuco. Por lá começou sua carreira no Sport, de onde saiu em 1957 para fazer história no Vasco da Gama. Paticipou de um baita time, com Sabará, Moacir, Belini, Pinga, Orlando, Écio e ótimo goleiro Barbosa. Foi Belini quem se tornou seu primeiro grande companheiro, inclusive, levando-o para conhecr aquela que seria a maior paixão de sua vida; Copacabana.
No Vasco foi Super-Super Campeão em 1958 em cima do Flamengo e de cara, começou a chamar atenção não só pela habilidade, técnica, velocidade e inteligência; Almir era diferente...
Era uma época em que zagueiro chegava dando no meio mesmo. Jogador habilidoso sofria o diabo contra os virís beques. Em sua chegada, logo no primeiro tranco que almir levou de Jobert, zagueiro do Flamengo já foi pra cima; Disse-lhe o diabo e na jogada seguinte, levantou o zagueiro numa pernada dantesca. Dalí por diante, não apanhou mais naquele jogo. Almir era o craque que batia em zagueiro. Mais que isso...
Dono de uma personalidade forte, de uma vontade absurda de vencer e de extrema coragem, Almir jamais se rendeu ao que era considerado “via de regra” tanto em campo, quanto nos bastidores do futebol brasileiro. Aprendeu com Belini a tomar cuidado com seu dinheiro, a negociar com cartolas e principalmente, a lutar em campo para poder mostrar todo seu talento e potencial. Faria de tudo para que as travas das chuteiras dos violentos zagueiros, não o impedissem de realizar esse seu sonho. Conseguiu.
Tanto que rapidamente chegou a Seleção Brasileira em 1957. Naquele ano, disputava a vaga com Dida do Flamengo e Pelé para ir pra copa do mundo e não ficou magoado quando Feola optou por levar os dois primeiros. Em 1959 estava de volta para a disputa do sul americano de futebol onde protagonizou uma das mais dantescas brigas da competição.
Eram jogados 31 minutos do segundo tempo quando o zagueiro Manacera do Uruguai deu um murro em Pelé. No que o Rei revidou o pau comeu. Naquele dia, além de Didi, Pelé, Belini e Paulo Valentin, o valente Almir bateu em toda a delegação uruguaia!
Esse episódio é considerado um marco no futebol brasileiro. Era a primeira vez que o Brasil vencia os vizinhos de continente, na bola e no pau. O jogo acabou 3x1 para o Brasil e o mito em torno de Almir crescia vertiginosamente.
Encreiqueiro, briguento, doido, bebum, drogado... Só lembravam do que Almir tinha de mais explosivo. Isso sem se importarem se o que o diziam era ou não verdade. Cansado disso, Almir pediu para ser negociado e ficou radiante quando o Santos de Pelé veio busca-lo em São Januário. Alí, venceu torneio Rio-São Paulo, Campeonato Paulista mas o seu maior triunfo estava por vir...
O Santos havia sido campeão da Libertadores em cima Do Boca Juniors e disputaria a decisão contra o Milan da Itália. No primeiro em Milão, Almir assistiu do banco a carnificina da zaga Milanista em cima de Pelé que, ainda machucado conseguiu marcar duas vezes que pouco adiantaram. Final; Milan 4x2. O Santos teria que vencer no maracanã para forçar a terceira partida. E sem Pelé! O Rei saiu arrebentado do jogo de Milão. Quando Almir vestiu a 10 do Santos chorou. Olhou para Pelé e prometeu-lhe a vida para honrar a sua camisa. Assim o fez.
O Santos Saiu perdendo o primeiro tempo por 2x0 no maracanã e quando tudo parecia perdido no segundo tempo, embaixo de chuva, Mengalvio diminui para o Santos e numa coragem insana, almir mergulho e de cara, empatou o jogo. Daí pra frente, começou a dar pancanda em tudo que era jogador do Milan, sabia que apanharia de volta, só precisava escolher onde, para ser bem sucedido...
Tomou uma porrada de Maldini, pouco a frente do meio campo, na intermediaria.
Sabia que dalí, o canhão do pé esquerdo de Pepe não falharia. Na cobrança 3x2; Tudo indo bem e pra ficar melhor, Almir conseguiu levar mais uma porrada de Trapatonni para Pepe afundar mais uma vez o goleiro; Final Santos 4x2. No terceiro jogo se superou...
Enfiou a cabeça pra Trapatonni chutar dentro da área e o italiano não se fez de rogado; Enfiou-lhe a bota. Penalti. Na cobrança de Dalmo, o Santos fez 1x0 e sagrou-se bi-campeão do mundo em 1963. Era o auge.
Tudo ia muito bem pra carreira de almir que jogava muito bola mas não deixava de tomar sua cerveja, sua cuba, dançar os seus boleros, era um boemio clássico. Optando algumas vezes pela noite, teve sua carreira um pouco prejudicada. Mesmo assim, fez sucesso no Flamengo mas o “mito Almir” já era maior que o jogador...
Jogando pela Flamengo em 1966, na final do campeonato carioca, contra o Bangu, levando um 3x0, desconfiando que seu goleiro estava vendido e tomandoo um passeio de bola do Bangu, Almir não aguentou. Arrumou uma briga generalizada, com todo o time do Bangu. Saiu de campo beijando o escudo do Flamengo e batendo no braço para dizer que ali corria sangue.
Daí pra frente nada deu muito certo.
Almir passou um tempo na Itália, na Argentina jogando pelo Boca, no Corinthians e terminou sua carreira no América, não sem antes cair pra pancada numa briga na Rua Bariri, num América x Olaria, onde Almir apanhou muito e bateu muito também. Cansado, encerrou sua carreira e foi viver sua vida , na Copacana que tanto amava. Em 1973 começou uma série de reportagens para Revista Placar que acabaria resultando no livro ALMIR E O FUTEBOL.
Nele, Almir denunciou e deu nomes a todos os dirigentes corruptos que conviveu e que sabia, explicou o porquê de seu comportamento, sem fazer apologia ao mesmo, sempre assumindo os erros cometidos. Dizia não estar preparado para o sucesso num grande centro e que a vida no nordeste fazia com que ele entra-se em campo para batalhar um prato de comida mesmo. Relatou a sua convivência próxima com a mãe a quem sempre ouvia e fazia questão de ajudar. Do orgulho de ver o filho dando os primeiros passos com a pelota nos pés. Não fugiu de polêmicas:
Afirmou ter jogado dopado as finais contra o Milan. Mas também disse que o fez sem sequer saber o que estava tomando. Era comum, segundo Almir, que todo jogador tomasse aquelas bolinhas, ele apenas fez o mesmo. Até hoje, nunca ninguém do Santos veio a público contestar essa informação.
Numa noite de 6 de Fevereiro de 1973, em um bar de Copacabana, após um bate-boca com travestis, Almir foi assassinado com um tiro no meio do peito com apenas 36 anos de idade. Era o fim para aquele que sem dúvidas, foi um dos melhores e mais polêmicos jogadores da história do futebol brasileiro. Seu legado segue vivo. Almir é respeitado e lembrado sim por suas brigas e seu temperamento explosivo. Só que além disso, as novas gerações, com acesso a informação e à pesquisa, também sabem hoje do grande jogador que foi Almir.
A Coluna O MUNDO DA BOLA E SEUS ADORÁVEIS BANDIDOS tem portanto a honra de considerar-se inagurada tendo aqui esse genial jogador e grande homem. Em nome disso, o Canela de Ferro traz Maysa para cantar um bolero pra você Almir, Embora um pouco... diferente, esse nosso bolero, sei que você ia gostar...
Nossas odes portanto a Almir e Maysa. Ca pra nós, casal p-e-r-f-e-i-t-o!!
Dono de uma personalidade forte, de uma vontade absurda de vencer e de extrema coragem, Almir jamais se rendeu ao que era considerado “via de regra” tanto em campo, quanto nos bastidores do futebol brasileiro. Aprendeu com Belini a tomar cuidado com seu dinheiro, a negociar com cartolas e principalmente, a lutar em campo para poder mostrar todo seu talento e potencial. Faria de tudo para que as travas das chuteiras dos violentos zagueiros, não o impedissem de realizar esse seu sonho. Conseguiu.
Tanto que rapidamente chegou a Seleção Brasileira em 1957. Naquele ano, disputava a vaga com Dida do Flamengo e Pelé para ir pra copa do mundo e não ficou magoado quando Feola optou por levar os dois primeiros. Em 1959 estava de volta para a disputa do sul americano de futebol onde protagonizou uma das mais dantescas brigas da competição.
Eram jogados 31 minutos do segundo tempo quando o zagueiro Manacera do Uruguai deu um murro em Pelé. No que o Rei revidou o pau comeu. Naquele dia, além de Didi, Pelé, Belini e Paulo Valentin, o valente Almir bateu em toda a delegação uruguaia!
Encreiqueiro, briguento, doido, bebum, drogado... Só lembravam do que Almir tinha de mais explosivo. Isso sem se importarem se o que o diziam era ou não verdade. Cansado disso, Almir pediu para ser negociado e ficou radiante quando o Santos de Pelé veio busca-lo em São Januário. Alí, venceu torneio Rio-São Paulo, Campeonato Paulista mas o seu maior triunfo estava por vir...
O Santos havia sido campeão da Libertadores em cima Do Boca Juniors e disputaria a decisão contra o Milan da Itália. No primeiro em Milão, Almir assistiu do banco a carnificina da zaga Milanista em cima de Pelé que, ainda machucado conseguiu marcar duas vezes que pouco adiantaram. Final; Milan 4x2. O Santos teria que vencer no maracanã para forçar a terceira partida. E sem Pelé! O Rei saiu arrebentado do jogo de Milão. Quando Almir vestiu a 10 do Santos chorou. Olhou para Pelé e prometeu-lhe a vida para honrar a sua camisa. Assim o fez.
O Santos Saiu perdendo o primeiro tempo por 2x0 no maracanã e quando tudo parecia perdido no segundo tempo, embaixo de chuva, Mengalvio diminui para o Santos e numa coragem insana, almir mergulho e de cara, empatou o jogo. Daí pra frente, começou a dar pancanda em tudo que era jogador do Milan, sabia que apanharia de volta, só precisava escolher onde, para ser bem sucedido...
Tomou uma porrada de Maldini, pouco a frente do meio campo, na intermediaria.

Enfiou a cabeça pra Trapatonni chutar dentro da área e o italiano não se fez de rogado; Enfiou-lhe a bota. Penalti. Na cobrança de Dalmo, o Santos fez 1x0 e sagrou-se bi-campeão do mundo em 1963. Era o auge.
Tudo ia muito bem pra carreira de almir que jogava muito bola mas não deixava de tomar sua cerveja, sua cuba, dançar os seus boleros, era um boemio clássico. Optando algumas vezes pela noite, teve sua carreira um pouco prejudicada. Mesmo assim, fez sucesso no Flamengo mas o “mito Almir” já era maior que o jogador...
Jogando pela Flamengo em 1966, na final do campeonato carioca, contra o Bangu, levando um 3x0, desconfiando que seu goleiro estava vendido e tomandoo um passeio de bola do Bangu, Almir não aguentou. Arrumou uma briga generalizada, com todo o time do Bangu. Saiu de campo beijando o escudo do Flamengo e batendo no braço para dizer que ali corria sangue.
Daí pra frente nada deu muito certo.
Almir passou um tempo na Itália, na Argentina jogando pelo Boca, no Corinthians e terminou sua carreira no América, não sem antes cair pra pancada numa briga na Rua Bariri, num América x Olaria, onde Almir apanhou muito e bateu muito também. Cansado, encerrou sua carreira e foi viver sua vida , na Copacana que tanto amava. Em 1973 começou uma série de reportagens para Revista Placar que acabaria resultando no livro ALMIR E O FUTEBOL.
Nele, Almir denunciou e deu nomes a todos os dirigentes corruptos que conviveu e que sabia, explicou o porquê de seu comportamento, sem fazer apologia ao mesmo, sempre assumindo os erros cometidos. Dizia não estar preparado para o sucesso num grande centro e que a vida no nordeste fazia com que ele entra-se em campo para batalhar um prato de comida mesmo. Relatou a sua convivência próxima com a mãe a quem sempre ouvia e fazia questão de ajudar. Do orgulho de ver o filho dando os primeiros passos com a pelota nos pés. Não fugiu de polêmicas:
Afirmou ter jogado dopado as finais contra o Milan. Mas também disse que o fez sem sequer saber o que estava tomando. Era comum, segundo Almir, que todo jogador tomasse aquelas bolinhas, ele apenas fez o mesmo. Até hoje, nunca ninguém do Santos veio a público contestar essa informação.
Numa noite de 6 de Fevereiro de 1973, em um bar de Copacabana, após um bate-boca com travestis, Almir foi assassinado com um tiro no meio do peito com apenas 36 anos de idade. Era o fim para aquele que sem dúvidas, foi um dos melhores e mais polêmicos jogadores da história do futebol brasileiro. Seu legado segue vivo. Almir é respeitado e lembrado sim por suas brigas e seu temperamento explosivo. Só que além disso, as novas gerações, com acesso a informação e à pesquisa, também sabem hoje do grande jogador que foi Almir.
A Coluna O MUNDO DA BOLA E SEUS ADORÁVEIS BANDIDOS tem portanto a honra de considerar-se inagurada tendo aqui esse genial jogador e grande homem. Em nome disso, o Canela de Ferro traz Maysa para cantar um bolero pra você Almir, Embora um pouco... diferente, esse nosso bolero, sei que você ia gostar...
Nossas odes portanto a Almir e Maysa. Ca pra nós, casal p-e-r-f-e-i-t-o!!
Comentários
Se hoje tivéssemos ao menos um "jogador" com 10% de seu comprometimento com a bola, sei não ... faz muita falta !!!