CONTOS DA VÁRZEA E OUTROS BLUES

Dias de paz... Um tempo atrás isso me era raro. Mas bem, as coisas mudam, pelo menos algumas. Outras insistem em seguir ortodoxalmente confusas e enfim; Nesses dias em que gasto meu raro tempo pesquisando a vida e obra do grande Edison Machado, feliz da vida com o lançamento do disco TURMA DO BOM BALANÇO de 1965 em cd, chega-me noticias de nosso esporte bretão. E em meio ao samba jazz sacolejante Bom Balanço , de Waltel Blanco, vejo o anuncio da contrução do estádio do Corinthians. Bom, esse é um assunto meio delicado mas mesmo assim vou ouvindo o cd e escrevendo e verão como dá pra fazer assim. Seguinte: O povo Corinthiano já sofreu demais com promessas faraônicas, maquetes absurdas e outros crimes cometidos em campanhas politicas no clube, prometendo so torcedor, uma nova casa. Desde 1954, se escuta essas promesas. Então, virou piada em São Paulo, o “cemitério de maquetes” corinthianas. Eis que no ano da graça e do centenário de 2010, a coisa vai! Que bom. Se...

Segundona pós futebol e cá estou. Bem, confesso que mais manero visto que, Ipanema abranda minha beligerancia intrínseca. E na companhia da amiga Lisa, carioquissíma, morenissíma e lindissíma e todos os íssimas... até arrumei tempo para assistir um dos filmes mais lindos que já vi nos últimos 10 anos; VIDA SECRETA DAS PALAVRAS da “conterranea” Isabel Coixet, estrelado pela ótima Sarah Polley. E é a loirinha canadense que me vem a mante quando escrevo essas linhas. No filme, Sarah interpreta Hanna, uma refugiada da guerra dos balcãs nos anos 90, que encontra um sentido para sua vida, ao se tornar enfermeira do machucado Josep, interpretado magistralmente por Tim Robbins. As agruras da vida, a vida que se tem vergonha de sobreviver, norteia o filme da ótima diretora e quem quiser que vá ver, porque num vou mais falar do filme em sí, mas sim, dessa moça a quem gosto muito, Sarah Polley. Mas o time do São Paulo F.C é a caraaa da moça. Pois bem, pronto; Eis ae um t...

Houve uma vez a década de 70... Uma época em que as pessoas não podiam se expressar, não se tinha direitos individuais e aqueles que “ousavam” lutar contra isso, eram duramente reprimidos, com torturas, espancamentos, assasinatos e afins. Nesse cenário, havia um menino. Um menino muito bem criado, amado e feliz no seu bairro em meio a sua gente. Pouco reclamava, embora motivos para isso não lhes faltasse. O menino, diferente da maioria dos amigos, não tinha o pai por perto. O velho dele, era um daqueles que decidiram lutar contra a tirania reinante, da forma como podia e tornou-se líder sindical quando isso não tinha nenhum glamour. A consequencia foi sua saída de casa. Mas o Pai era corajoso e logo deu um jeito de ver o menino... Numa ação muito bem elaborada, uma vez por mês, um carro vinha até o bairro no menino, que ficava em frente ao mercado do seu Toyoda e então embarcava. Cada mês era um carro diferente. Esse tal carro o levava até o Estádio Palestra ...

Ta eu sei que lembrar dele, um dia após a diáspora que se deu ontém no pacaembu, no dia de festa, quando meu verde completou 96 anos de uma história linda, dentro desse grande teatro que é o futebol é, no minímo querer sofrer, mesmooo. Pensar no Divino, em tempos de Tadeu, Rivaldo, Fabricio e Mortosa é duro. Mas pra quem é Palmeirense como eu, lembrar do divino jamais pode ser um problema. Então, hoje não vou falar do que aconteceu em campo. Muito disso em respeito aos sentimentos dessa nação palestrina, dos meus sentimentos. Porque o que eu sinto é sério. Vejam aí, um pouquinho do que o Divino representa pra nós...